O rugby foi sobretudo uma grande escola de vida. Fez parte integral do meu desenvolvimento como pessoa. Ensinou-me coisas fundamentais, como por exemplo o saber estar com os outros, a consciência de que sozinho não sou nada, que o respeito é o primeiro valor em equipa e que devemos ser persistentes e acreditar sempre. O rugby é um jogo muito estratégico, que tem o contacto físico como característica inerente, mas é acima de tudo um jogo de equipa. As diferentes posições só funcionam se interligadas. Individualmente não se consegue desequilibrar muito ou ter muito sucesso.
É essa pedagogia que está ligada ao jogo, os rituais e o compromisso que obriga a assumir com os outros que procuro transmitir. Estou convencido que o suporte científico e o curso que tirei foram muito importantes, principalmente na aplicação e organização dos conhecimentos, mas ter estado no campo, ter sentido as dores do jogo e do treino, ajudou-me na relação com os jogadores, na intuição e avaliação que tenho perante as minhas equipas. Sei perfeitamente olhar para um jogador e ver quando ele está bem ou não, quando precisa treinar e quando precisa descansar, para fazer uma equipa ter o máximo rendimento.